Por que as marcas estão se posicionando em suas campanhas digitais?

Em junho de 2015, a campanha de O Boticário para o dia dos namorados deu muito o que falar. O filme “Um dia dos namorados para todas as formas de amor”, criado pela agência AlmapBBDO e dirigido por Heitor Dhalia, da Paranoid, tem cenas que mostram o encontro de casais com diferentes orientações sexuais trocando presentes.
A propaganda recebeu várias críticas nas redes sociais e foi alvo de processo no Conar, depois que o órgão recebeu centenas de reclamações de clientes que julgaram a peça "desrespeitosa à sociedade e à família". Um mês após o lançamento, a marca foi absolvida e o processo arquivado.
No mesmo ano, a campanha ganhou o prêmio Grand Effie (prêmio máximo) no Effie Wards Brasil 2015. A escolha foi unânime pelo júri, que destacou a coragem da marca em abordar um tema delicado e não voltar atrás mesmo depois das críticas negativas. 
Após as críticas, O Boticário se posicionou em comunicado afirmando que "acredita na beleza das relações" e que "valoriza a tolerância e respeita a diversidade de escolhas e pontos de vista”. Também conduziu uma pesquisa, após campanha, para saber qual a reação do público diante do filme, pedindo que entrevistados escolhessem entre as opções "ódio", "rancor", "indignação" ou "satisfação".
A pergunta que fica é: por que as marcas estão se posicionando em suas campanhas digitais?
O acesso às mídias digitais permitiu que minorias pudessem se expressar sobre suas vontades, escolhas e problemas. Antes dessa possibilidade, a publicidade era focada em um público alvo abrangente e sem muitas características individuais. Atualmente, os públicos de nichos estão mais fortes e as marcas sentiram a necessidade de apostar em propagandas que defendam valores e criem identificação.

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